Entendendo a diabetes
A diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. No entanto, é preciso compreender que a doença afeta todo o organismo e que quando a glicemia se mantém elevada por muito tempo, os riscos de complicações crônicas associadas à diabetes aumentam.
Qual a relação entre a diabetes e o glaucoma
Destas complicações, uma das mais comuns são as lesões oculares, como o glaucoma. De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Diabetes, pessoas com diabetes tipo 2 possuem 40% mais chances de ter glaucoma. Isto porque, a alta quantidade de glicose na corrente sanguínea resulta no inchaço da lente do olho e no aumento da pressão do olho, que comprime os vasos sanguíneos que levam o sangue ao nervo óptico e retina. Quanto mais tempo os níveis de açúcar no sangue estão descontrolados, maiores as chances de desenvolver problemas oftalmológicos.
O que é o glaucoma
O glaucoma acontece quando a quantidade excessiva de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino (lente do olho), o que faz mudar a sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco. Com isso, a visão lateral é perdida gradualmente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma anualmente, o que totaliza 60 milhões de pessoas no mundo, sendo que a doença é considerada como a principal causa de cegueira irreversível no mundo.
Quais os sintomas do glaucoma
Além da visão embaçada, que é uma condição incapacitante, pode ocorrer uma diminuição no campo de visão, dor intensa no olho, aumento da pupila, vermelhidão nos olhos, dificuldade para enxergar no escuro, sensibilidade excessiva à luz, dor de cabeça, náuseas e até mesmo vômitos nos casos mais sérios.
Quais os tipos de glaucoma
Existem 4 tipos de glaucoma:
- Glaucoma agudo (de ângulo fechado) = Como o próprio nome diz, ele acontece quando há um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular. Neste caso, a doença é vista como emergencial, diferente do que ocorre com o tipo crônico da doença, quando a pressão ocular desenvolve-se lenta e silenciosamente e, aos poucos, vai danificando a visão da pessoa.
- Glaucoma congênito = Considerado raro, é quando a criança já nasce com a doença, geralmente herdada da mãe durante a gravidez.
- Glaucoma crônico (de ângulo aberto) = O tipo mais comum da doença, tende a ser hereditário, apesar da causa ainda ser desconhecida. Neste caso, ocorre um aumento na pressão ocular lentamente, o que causa um dano permanente no nervo óptico, causando perda do campo visual.
- Glaucoma secundário = O glaucoma secundário costuma ser causado pelo uso de medicamentos, como corticosteroides, traumas ou outras doenças oculares e sistêmicas.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco estão a idade, o histórico familiar, diabetes, problemas cardíacos, hipertensão e hipertireoidismo.
Glaucoma tem cura?
Embora não exista cura para o glaucoma, na maioria dos casos a doença pode ser controlada com tratamento apropriado. Por isto, é necessário manter os níveis de glicose no sangue satisfatórios, tomar a medicação prescrita pelo médico corretamente, realizar todos os exames e visitar o oftalmologista, no mínimo, uma vez por ano. Quanto mais rápido se descobrir e iniciar o tratamento, menor será a perda de visão do paciente.
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