Asma • Saúde MSD
Asma
Suspeita-se de asma quando há histórico clínico de um dos seguintes sinais ou sintomas: tosse predominantemente noturna, catarro frequente, dificuldade respiratória recorrente e sensação de aperto torácico. Eczema, rinite alérgica, histórico familiar de asma ou de doença atópica estão frequentemente associados à asma. Embora, em geral, tenha início na infância, a asma pode se manifestar em qualquer idade. A asma desenvolvida na infância pode continuar na adolescência e na idade adulta, mas algumas pessoas a desenvolvem apenas na fase adulta. Na asma desencadeada por um fator externo, as vias aéreas sofrem irritação e começam a estreitar, dificultando assim a passagem do ar. Ocorre inflamação nas paredes internas das vias aéreas e, geralmente, há a produção de muco. Com um controle adequado dos sintomas e medidas preventivas, qualquer pessoa com asma pode levar uma vida totalmente normal.
- Exercício físico;
- Animais com pelo;
- Penas dos pássaros;
- Ácaros do pó doméstico existentes principalmente em colchões, almofadas e carpetes;
- Fumo;
- Pólen de árvores, flores ou arbustos;
- Alterações bruscas e severas da temperatura do ar;
- Riso ou choro muito intenso;
- Produtos químicos inaláveis;
- Fármacos, principalmente ácido acetilsalicílico e beta-bloqueadores.
É importante saber reconhecer o que lhe causa os sintomas e as crises. Assim você poderá minimizar o desencadeamento de novas crises.
Fontes
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(Suppl.1):S1-S46
- Gupta KB, Verma M. Nutrition and Asthma. Lung India. 2007;24:105-14.
- Jeong DW, Yoo NM, Kim TS et al. Protection of mice from allergen-induced asthma by selenite: prevention of eosinophil infiltration by inhibition of NF-kappa B activation. J Biol Chem. 2002;277:17871-6.
- Rowe BH, Bretzlaff JA, Bourdon C et al. Magnesium sulfate for treating exacerbations of acute asthma in the emergency department. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001490.
As alergias surgem, muitas vezes, associadas à asma. Oitenta por cento das pessoas com asma têm alergias a fatores ambientais como pólen, bolores, pó e ácaros. Existem também alergias a alimentos, os quais podem causar asma e reações adversas severas, que podem colocar a vida do indivíduo em risco. Embora seus efeitos não sejam comuns e afetem apenas cerca de dois por cento das pessoas com asma, os alimentos que mais comumente podem causar alergias são: leite, ovos, marisco ou amendoins. Os conservantes presentes em algumas comidas também podem desencadear ataques de asma em pessoas mais sensíveis a essas substâncias. Alguns dos alimentos mais comuns nessa categoria são os frutos secos, o vinho, a cerveja e o camarão.
Fontes
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(Suppl.1):S1-S46
- Gupta KB, Verma M. Nutrition and Asthma. Lung India. 2007;24:105-14.
- Jeong DW, Yoo NM, Kim TS et al. Protection of mice from allergen-induced asthma by selenite: prevention of eosinophil infiltration by inhibition of NF-kappa B activation. J Biol Chem. 2002;277:17871-6.
- Rowe BH, Bretzlaff JA, Bourdon C et al. Magnesium sulfate for treating exacerbations of acute asthma in the emergency department. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001490.
À medida que os problemas respiratórios se agravam, a ansiedade e o estresse tendem a aumentar, colocando o indivíduo em um círculo vicioso difícil de quebrar e fazendo com que a dificuldade de respirar seja cada vez maior, o que pode causar problemas complementares como:
- Dificuldade para dormir ou asma noturna, levando à fadiga constante
- Incapacidade de praticar atividades físicas, levando ao sedentarismo
- Dificuldade de concentração
- Irritabilidade causada pela falta de sono
- Desistência de algumas atividades sociais ou lúdicas por falta de energia
- Falta de apetite
- Sintomas de depressão
Devido à fadiga e à falta de energia, o indivíduo tende a se tornar cada vez mais ansioso. A ansiedade, associada ao estresse e à perda da qualidade de vida, pode conduzir a sintomas depressivos e ao isolamento social. Administre esses sentimentos aprendendo formas de controlar a sua ansiedade. Fale com seu médico e estabeleça objetivos e alternativas para combater a ansiedade e o estresse de forma saudável e que não prejudique seu sistema respiratório.
Fontes
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(Suppl.1):S1-S46
- Gupta KB, Verma M. Nutrition and Asthma. Lung India. 2007;24:105-14.
- Jeong DW, Yoo NM, Kim TS et al. Protection of mice from allergen-induced asthma by selenite: prevention of eosinophil infiltration by inhibition of NF-kappa B activation. J Biol Chem. 2002;277:17871-6.
- Rowe BH, Bretzlaff JA, Bourdon C et al. Magnesium sulfate for treating exacerbations of acute asthma in the emergency department. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001490.
Não fumar
Fumar é um dos fatores que agravam as crises de asma. Mesmo que não seja fumante, o fato de estar em ambientes fechados com fumaça de cigarro pode ocasionar uma crise de asma, já que é um dos fatores agravantes. Fale com o seu médico sobre possíveis formas de deixar de fumar, caso seja fumante. Sabia que após 8 horas sem fumar os níveis de dióxido de carbono regressam ao normal e o nível de oxigênio no organismo aumenta? Se for fumante, faça um esforço para desistir do hábito. Procure aconselhamento. Você notará melhorias imediatas na sua saúde, não só em relação à respiração, mas também ao sistema cardiovascular.
Manter o seu peso ideal
As pessoas obesas são mais impactadas pelos sintomas da asma, portanto, devem tentar manter uma dieta equilibrada, direcionada à perda de peso.
Cuidados:
- Evite locais apertados, com grande circulação de pessoas, e mal ventilados.
- Proteja-se do frio e das mudanças de temperatura.
- Se for alérgico ao pelo de cães e gatos, evite o contato com animais domésticos.
- Evite ter tapetes e carpetes em sua casa, pois acumulam pó e ácaros. Limpe regularmente o seu colchão com um aspirador.
- Limpe regularmente o pó de sua casa com um pano umedecido, evitando assim que o pó circule no ar enquanto faz a limpeza.
- Evite almofadas de penas ou cobertores com pelo.
- Quando houver maior concentração de pólen no ar, como na primavera, evite deixar as janelas abertas e proteja-se nos dias de bastante vento.
- Proteja-se da exposição à fumaça de cigarro.
- Não escolha profissões que possam agravar as crises, como padeiro ou carpinteiro.
- Evite o estresse. Embora o estresse não cause asma, sem dúvida os dois estão interligados, sendo que o estresse dificulta o controle das crises de asma.
- Mantenha um diário das suas crises de asma. Escreva detalhadamente o que desencadeou os sintomas, quando e em que circunstâncias. Esse diário vai ajudar você e seu médico a encontrarem estratégias para a prevenção.
Estudos comprovaram que existe uma ligação entre a nutrição e as crises de asma, portanto devemos ter cuidado com aquilo que colocamos no prato. Alguns nutrientes são potencialmente benéficos enquanto outros podem funcionar como desencadeadores dos sintomas.
Alimentos benéficos
Cafeína: a cafeína funciona como um broncodilatador, podendo revelar-se útil para melhorar os sintomas de falta de ar. Antioxidantes: a toxicidade de oxidantes como o fumo do cigarro ou a poluição, ou proveniente de um processo inflamatório, normalmente é equilibrada através de uma resposta das nossas defesas endógenas antioxidantes, que depende da ingestão adequada de nutrientes com essas características. A asma está muitas vezes associada ao desequilíbrio entre os oxidantes e antioxidantes. As vitaminas A, C e E e o selênio são fundamentais nesse processo.
- Vitamina C: tem um reconhecido efeito anti-histamínico, que protege contra os oxidantes endógenos e exógenos. São fonte de vitamina C os frutos cítricos e os pimentões amarelos e vermelhos.
- Vitamina E: tem efeitos imunomoduladores e constitui uma defesa contra os oxidantes. As fontes mais abundantes de vitamina E são os óleos vegetais como os de girassol, milho, soja e oliva. Outros alimentos ricos em vitamina E incluem nozes, semente de girassol, kiwi e gérmen de trigo, grãos integrais, peixe, leite de cabra e vegetais verdes folhosos.
- Vitamina A: juntamente com os betacarotenos, tem um efeito protetor para o indivíduo com asma. Os derivados de retinol da vitamina A influenciam o desenvolvimento, a manutenção, a diferenciação e a regeneração das células epiteliais dos pulmões. Têm também um papel central no desenvolvimento ou na prevenção de doenças nas vias respiratórias. Alguns dos alimentos ricos em vitamina A são: sardinha, caju, abacate, espinafre, mamão, couve, abóbora, manga, óleo de fígado de bacalhau, cenoura e tomate.
Frutas e vegetais: muito embora ainda não exista evidência concreta, alguns estudos demonstraram que a ingestão desses alimentos ajuda a reduzir o catarro e também pode ajudar na redução de outros sintomas associados à doença, quando comparada com a suplementação vitamínica através de comprimidos.1,2 Selênio: a insuficiência desse mineral no organismo pode induzir crises asmáticas. O selênio tem propriedades anti-inflamatórias e, quando atua em conjunto com a vitamina C, ativa o sistema imunológico associado aos sintomas da asma. Castanha-do-pará, castanha-de-caju, aveia, arroz integral, atum, frutos do mar, frango, brócolis, pepino, alho e cebola são alguns dos alimentos ricos em selênio. Magnésio: tem propriedades broncodilatadoras, especialmente quando é suplementado intravenosamente. Age também como relaxante muscular e na estabilização celular, sendo por isso benéfico aos pacientes com asma. Banana, abacate, figo seco, soja, espinafre, couve, granola, arroz integral, farinha de trigo integral, nozes e sementes, melaço, tofu, camarão e soja são algumas das mais conhecidas fontes deste mineral.
Como já vimos, existem algumas restrições nutritivas a que você deve ter atenção para evitar agravar suas crises asmáticas. As comidas demasiado processadas e os conservantes presentes em alguns alimentos podem desencadear ataques de asma em pessoas mais sensíveis a essas substâncias.
Fast-food: esse tipo de alimentação tem sido associado, nos últimos anos, a um aumento do risco de asma nas crianças. Isso é relacionado com o fato desse tipo de refeição (pizzas, hambúrgueres, batatas fritas etc.) comprometer o equilíbrio da pirâmide alimentar por não conter vegetais, frutas e outros tipos de vitaminas essenciais à boa saúde do organismo. Além disso, as refeições do tipo fast-food contêm níveis elevados de gordura e conservantes, que podem ser prejudiciais a quem sofre da doença. Estudos demonstraram um aumento do risco de crianças cuja base alimentar era composta de massas e pizzas produzirem catarro. 1 Gorduras trans e ômega 6: as gorduras provenientes de margarinas, molhos de saladas, frituras como os salgadinhos, alimentos industrializados e comidas demasiado processadas podem aumentar o risco de crises de asma. Os alimentos que contêm ômega 6 são os óleos de milho, soja ou girassol, e os ovos. Conservantes: os sulfitos podem ser um fator desencadeante da asma para alguns pacientes. Eles podem ser encontrados em alimentos como frutos secos, vinho, cerveja e camarão.
Fontes
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(Suppl.1):S1-S46
- Gupta KB, Verma M. Nutrition and Asthma. Lung India. 2007;24:105-14.
- Jeong DW, Yoo NM, Kim TS et al. Protection of mice from allergen-induced asthma by selenite: prevention of eosinophil infiltration by inhibition of NF-kappa B activation. J Biol Chem. 2002;277:17871-6.
- Rowe BH, Bretzlaff JA, Bourdon C et al. Magnesium sulfate for treating exacerbations of acute asthma in the emergency department. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001490.
Faça aquecimento antes de começar qualquer tipo de atividade física e termine com alongamentos. Não intensifique o exercício físico sem acompanhamento médico. Siga o plano indicado pelo seu médico e não tente atingir níveis que são demasiado elevados e extenuantes para você. O seu médico é seu melhor conselheiro.
Fontes
- Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para o Manejo da Asma – 2012. J Bras Pneumol. 2012;38(Suppl.1):S1-S46
- Gupta KB, Verma M. Nutrition and Asthma. Lung India. 2007;24:105-14.
- Jeong DW, Yoo NM, Kim TS et al. Protection of mice from allergen-induced asthma by selenite: prevention of eosinophil infiltration by inhibition of NF-kappa B activation. J Biol Chem. 2002;277:17871-6.
- Rowe BH, Bretzlaff JA, Bourdon C et al. Magnesium sulfate for treating exacerbations of acute asthma in the emergency department. Cochrane Database Syst Rev. 2000;(2):CD001490.
As pessoas com asma toleram melhor atividades que impliquem períodos curtos e intermitentes de exercício, tais como o vôlei, a ginástica, o ciclismo, a ginástica aeróbica ou as caminhadas. O mesmo já não acontece com esportes como futebol, corrida de longa distância, basquete, futsal, ou ainda atividades que impliquem contato com tempo muito frio. A natação, como geralmente é praticada em um ambiente úmido e quente, é ideal para as pessoas com asma, assim como para qualquer esportista em geral.
O ideal para qualquer pessoa, independentemente de ter asma, é exercitar-se durante 30 minutos, pelo menos 5 vezes por semana. Fale com o seu médico e personalize seu plano de atividade física, adaptando-o à sua condição.
Antes de qualquer exercício, utilize sempre o seu inalador. Evite locais frios e ao ar livre, devido ao pólen. Não se exercite se estiver resfriado e se tiver um ataque de asma, pare imediatamente. Utilize o seu inalador e, caso se sinta melhor, retome a atividade. Em caso de nova recaída, não continue mais e consulte um médico.